domingo, 26 de maio de 2013

Questionamentos/desabafos talvez pessoais...

A professora Rita nos pediu para escrevermos um texto discutindo currículo, trabalho e conhecimento. Eu entendo que para que eu possa discutir um assunto, devo ter uma opinião definida com relação a ele. Seja favorável ou não, ou até mesmo simplesmente “não sei de que lado estou”, se é que podemos falar em lados. Que tipo de currículo eu julgo como sendo o “melhor”? Eu não sei. Discursos recorrentes falam do currículo tradicional como sendo ruim, ou algo a ser repensado. Será? Até agora foi ele que vigorou. Eu mesma vivi um currículo tradicional. Será que minha formação (não somente conceitual) ficou tão prejudicada assim? Entendo que não. Porém, eu estava inserida em um contexto diferente, em outra sociedade, comparada com a de hoje. Mas, essa mudança no currículo não é de hoje! Pergunto-me porque é errado formar o aluno para o trabalho. Não sejamos hipócritas! Temos que assumir que os discursos dos pesquisadores nos apontam a necessidade de formar para a vida... formação integral... cidadão crítico... Eu concordo com esses aspectos e os julgo essenciais. Esse aluno muitas vezes sai da escola e entra direto no mercado de trabalho. Seria tão ruim assim focar nos conhecimentos práticos? Seria uma forma de exclusão um tanto quanto mascarada? Na prática o que tem acontecido é um esvaziamento de conteúdo e uma flexibilização quase irreversível do ensino. Eu não tenho respostas para essas perguntas. Se você tem, pode compartilhar comigo? Eu gostaria de ter uma opinião definida para SIM ou NÃO, mas, só consigo pensar em DEPENDE... VEJAMOS PELO OUTRO LADO...

Não posso deixar de desabafar aqui o quanto estou enojada com esses discursinhos baratos que ficam no papel. Muitas das pessoas que estão querendo “ditar as regras do jogo” nem se quer sabem jogá-lo. Não fazem ideia dos obstáculos, vitórias, derrotadas e blá-blá-blá.

Ah, fala sério..." me Popper"!!! (por Zaqueu)

Bom domingo de macarronada, frango assado e passeio com a Nina no lago!

2 comentários:

  1. Mais que um desabafo, há aqui um série de questões para serem dirimidas, discutidas e aprofundadas. Vejamos:
    - Educar para o trabalho é mesmo educar para a vida...porque o ser humano se faz no que faz, se produz ao produzir. Sua essência advém de sua existência. A questão é de que trabalho estamos falando?De sujeitos ou de assujeitados? É preciso aqui uma leitura crítica e devidamente embasada,
    - Currículo e suas formas têm sempre a marca de seu caráter histórico. E o currículo tradicional tem sentido e importância. A questão passa pelo desvelamento de uma realidade que vai além do que está nos compêndios que nós todos estudamos;
    - Discurso barato é exatamente o quê? Fico pensando em seu contrário..."um discurso caro".
    - Popper e outros estudiosos, sérios, nos ajudam a iluminar o que fazemos, o que queremos, o que realizamos na educação, na ciência em prol de sermos melhores e mais efetivos em nossas ações;
    - Perigoso o pensar ser separado do fazer...há aí uma relação dialética que é preciso considerar.
    - E quem está num curso com o intuito de se formar pesquisador da educação, não pode se eximir do exercício do pensar, do refletir de forma responsável, fundamentada e séria.

    Discutiremos mais isso em sala.

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  2. Discurso barato para mim é aquele que na prática de nada vale, que fica só no papel.
    Rita, você concorda que esses discursos estão um tanto quanto afastados da realidade escolar hoje?

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