Tem algo mais difícil do que
avaliar? Para me arriscar em tal tarefa, volto nos objetivos propostos pela
professora Rita no início do semestre. Desse modo, acredito que os objetivos
foram alcançados uma vez que as discussões e exposições realizadas em sala me
proporcionaram: uma compreensão crítica com relação aos fundamentos de
currículo; reflexões sobre os paradigmas contemporâneos de currículo; analisar
de maneira geral a prática curricular brasileira e o lugar das ciências no
currículo. Além disso, discutimos as políticas públicas de currículo e os
critérios que norteiam a seleção e organização do conteúdo curricular. Essas
discussões, sempre enriquecedoras, fizeram-me refletir e repensar sobre vários
aspectos da minha vida profissional e pessoal. As aulas também contribuíram para
que eu conseguisse analisar as relações entre conhecimento, currículo,
professores e a organização do trabalho escolar. Com certeza, durante o
semestre fui me modificando e agregando coisas novas aos conhecimentos que eu
trazia comigo.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Currículo e Avaliação
Na aula do dia 21/06, falamos sobre avaliação e currículo, que são conceitos (transformados em ações) intimamente ligados uma fez que o que é priorizado nas avaliações determina os conhecimentos e competências no currículo. Avaliação não é sinônimo de testar ou medir e existe a avaliação formativa (que acontece durante o processo de ensino-aprendizagem) e a somativa (acontece no final do processo, preocupando-se apenas com o resultado). A avaliação deve ser muito bem planejada e refletida para que não reforce ou promova a exclusão. Atualmente há algumas avaliações externas, como o Saeb e o ENEM que estão transformando os currículos das escolas e até mesmo suas propostas de trabalho, visando atender às necessidades impostas pela sociedade e suas políticas. Essas ideias foram as que, para mim, mais marcaram a aula, juntamente é claro com os exemplos vividos pelos colegas e compartilhados em sala que colaboram com as discussões.
sábado, 22 de junho de 2013
Seguindo a onda...
Boa noite!!!
Seguindo a onda dos protestos, eu estava passeando pelo Facebook do meu Pai e encontrei essa imagem muito bacana:
Seguindo a onda dos protestos, eu estava passeando pelo Facebook do meu Pai e encontrei essa imagem muito bacana:
Créditos para: https://www.facebook.com/HistoricasImagens
sexta-feira, 21 de junho de 2013
domingo, 16 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Para onde está indo a criatividade?
Não fui a última aula por motivos maiores, mas vi no blog de alguns colegas o seguinte vídeo:
Quem fala é Severino Antonio e Katia Tavares. Vale a pena assistir para refletir: que tipo de aluno queremos formar? Nossas atitudes estão contribuindo para isso?
Fichamento - Sociologia e teoria crítica do currículo: Uma introdução
Boa noite!!! Compartilho com vocês o fichamento que realizei para a disciplina de Tendências Contemporâneas de Currículo.
FICHAMENTO DE LEITURAS – CURRÍCULO, CULTURA E
SOCIEDADE.
Tipo: artigo de livro (Sociologia e
teoria crítica do currículo: Uma introdução).
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Assunto / tema: Currículo e as teorias críticas
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Referência bibliográfica: Sociologia e teoria
crítica do currículo: uma introdução. In: MOREIRA, A. F.; SILVA, T. T. Currículo,
Cultura e Sociedade. 5.ed. São Paulo:Cortez, 2001.
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Resumo / conteúdo de interesse:
Os
autores iniciam o livro abordando o currículo com forma de poder, ressaltando
suas influências e sua não neutralidade com relação aos aspectos
sociológicos. Com o objetivo de
planejar cientificamente as atividades escolares, estudos sobre currículo se
iniciaram por volta do final do século XIX nos Estados Unidos. Neste
contexto, a ideologia foi modificada e começaram a pensar em cooperação e
especialização o que implicou na adaptação da escola aos moldes e
necessidades da sociedade. Sobre as tendências das teorias o texto traz duas
delas: a primeira de valorização aos interesses do educando e a segunda de
desenvolvimento da personalidade adulta desejáveis. Elas contribuíram, no
Brasil, para o desenvolvimento do escolanovismo e do tecnicismo,
respectivamente. Após essas breves discussões, os autores abordam os
desenvolvimentos que vieram em seguida e suas consequências para o ensino de
maneira geral. A necessidade de uma nova tendência levou a se repensar sobre
currículo e suas teorias, por volta de 1973. Nesse sentido duas grandes
correntes se desenvolveram: uma fundamentada no neomarxismo e na teoria
crítica (Apple e Giroux) e a outra associada a tradição humanista e
hermenêutica (Pinar). Após apresentar uma visão geral de como foi se
transformando a visão de currículo e as teorias a respeito os autores
consideram a importância de se olhar para o currículo de maneira
contextualizada. Após uma interessante discussão sobre ideologia que não pode
ser vista separada do currículo e que está relacionada às divisões que
organizam a sociedade e as relações de poder que sustentam essas divisões, o
autor fala sobre a relação entre o currículo e a cultura. Na visão crítica, a
cultura é vista como um terreno de lutas entre diferentes concepções de vida social. Nesse caminho ao falar sobre
currículo e as relações de poder os autores ressaltam que o currículo está no
centro dessas relações as quais se manifestam nas divisões de grupos sociais.
Para finalizar o capítulo o texto traz outros temas, não menos importantes,
como o currículo oculto que se refere àqueles aspectos que fogem ao que foi
estabelecido de maneira oficial.
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Citações:
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Página:
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1
“O
currículo é, assim, um terreno de produção e de política cultural, no qual os
materiais existentes funcionam como matéria-prima de criação, recriação e,
sobretudo, de contestação e transgressão.”
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28
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2 “[...] o poder se
manifesta através das linhas divisórias que separam os diferentes grupos
sociais em termos de classe, etnia, gênero etc. Essas divisões constituem
tanto a origem quanto o resultado de relações de poder.”
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29
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3
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Considerações do pesquisador
(aluno): O texto traz uma discussão interessante sobre as relações entre o
currículo e a sociedade, ideologias, culturas e relações de poder e na
prática o que estas significam e significaram para o desenvolvimento da nossa
sociedade. A parte que me chamou atenção foi justamente com relação às
relações de poder e suas consequências para a educação de modo geral.
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Indicação da obra: alunos de licenciatura,
pesquisadores da área da educação e professores.
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domingo, 26 de maio de 2013
Questionamentos/desabafos talvez pessoais...
A professora Rita nos pediu para
escrevermos um texto discutindo currículo, trabalho e conhecimento. Eu entendo
que para que eu possa discutir um assunto, devo ter uma opinião definida com
relação a ele. Seja favorável ou não, ou até mesmo simplesmente “não sei de que
lado estou”, se é que podemos falar em lados. Que tipo de currículo eu
julgo como sendo o “melhor”? Eu não sei. Discursos recorrentes falam do
currículo tradicional como sendo ruim, ou algo a ser repensado. Será? Até agora
foi ele que vigorou. Eu mesma vivi um currículo tradicional. Será que minha
formação (não somente conceitual) ficou tão prejudicada assim? Entendo que não.
Porém, eu estava inserida em um contexto diferente, em outra sociedade,
comparada com a de hoje. Mas, essa mudança no currículo não é de hoje! Pergunto-me
porque é errado formar o aluno para o trabalho. Não sejamos hipócritas! Temos
que assumir que os discursos dos pesquisadores nos apontam a necessidade de
formar para a vida... formação integral... cidadão crítico... Eu concordo com
esses aspectos e os julgo essenciais. Esse aluno muitas vezes sai da escola e
entra direto no mercado de trabalho. Seria tão ruim assim focar nos
conhecimentos práticos? Seria uma forma de exclusão um tanto quanto mascarada?
Na prática o que tem acontecido é um esvaziamento de conteúdo e uma
flexibilização quase irreversível do ensino. Eu não tenho respostas para essas
perguntas. Se você tem, pode compartilhar comigo? Eu gostaria de ter uma
opinião definida para SIM ou NÃO, mas, só consigo pensar em DEPENDE... VEJAMOS
PELO OUTRO LADO...
Não posso deixar de desabafar
aqui o quanto estou enojada com esses discursinhos baratos que ficam no papel.
Muitas das pessoas que estão querendo “ditar as regras do jogo” nem se quer
sabem jogá-lo. Não fazem ideia dos obstáculos, vitórias, derrotadas e
blá-blá-blá.
Ah, fala sério..." me Popper"!!!
(por Zaqueu)
Bom domingo de macarronada, frango assado e passeio com a Nina no lago!
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Fichamento 17/05
Boa noite!!!
Neste post, compartilho com osmilhares e milhares de leitores desse blog o fichamento que eu e Josy fizemos do Capítulo 3 do livro: Políticas de Currículo em múltiplos contextos - "Sistema de ensino, escola, sala de
aula: onde se produz a qualidade das aprendizagens?", de José Carlos Libâneo.
Referência
bibliográfica:
LOPES, A. C.; MACEDO, E. Políticas de Currículo em múltiplos contextos. São
Paulo: Cortez, 2006.
Neste post, compartilho com os
Se você tiver interesse, pode ler o fichamento desse capítulo aqui.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Momento reflexão..
Buenas Noches!
Aqui vai um texto genial para refletirmos...
Time is honey
Poucas coisas neste mundo são
mais tristes do que um bolo industrializado. Ali no supermercado, diante da
embalagem plástica histericamente colorida, suspiro e penso: estamos perdidos.
Bolo industrializado é como amor de prostituta, feliz natal de caixa
automático, bom dia da Blockbuster. É um anti-bolo. Não discuto aqui o gosto, a
textura, a qualidade ou abundância do recheio de baunilha, chocolate ou
qualquer outro sabor. (O capitalismo, quando se mete a fazer alguma coisa, faz
muito bem feito). O problema não é de paladar, meu caro, é uma questão de
princípios. Acredito que o mercado de fato melhore muitas coisas. Podem
privatizar a telefonia, as estradas, as siderúrgicas. Mas não toquem no bolo!
Ele não precisa de eficiência. Ele é o exemplo, talvez anacrônico, de um tempo
que não é dinheiro. Um tempo íntimo, vagaroso, inútil, em que um momento pode
ser vivido no presente, pelo que ele tem ali, e não como meio para, com o
objetivo de.
Engana-se quem pensa que o bolo é
um alimento. Nada disso. Alimento é carboidrato, é proteína, é vitamina, é o
que a gente come para continuar em pé, para ir trabalhar e pagar as contas.
Bolo não. É uma demonstração de carinho de uma pessoa a outra. É um mimo de
avó. Um acontecimento inesperado que irrompe no meio da tarde, alardeando seu
cheiro do forno para a casa, da casa para a rua e da rua para o mundo. É o que
a gente come só para matar a vontade, para ficar feliz, é um elogio ao
supérfluo, à graça, à alegria de estarmos vivos.
A minha geração talvez seja a
primeira que pôde crescer e tornar-se adulto sem saber fritar um bife. O mercado
(tanto com m maiúsculo como minúsculo) nos oferece saladas lavadas, pratos
congelados, comida desidratada, self-services e deliverys. Cortar, refogar,
assar e fritar são verbos pretéritos.
Se você acha que é tudo bem, o
problema é seu. Eu vou espernear o quanto puder. Se entregarmos até o bolo aos
códigos de barras, estaremos abrindo mão de vez da autonomia, da liberdade, do
que temos de mais profundamente humano. Porque o próximo passo será privatizar
as avós, estatizar a poesia, plastificar o amor, desidratar o mar e diagramar
as nuvens.
Tô fora.
(Antonio Prata)
Bom descanso a todos... ou bom trabalho... ou bons estudos!!!
sábado, 11 de maio de 2013
Artista escondida...
Olá, pessoal! Voltando um pouquinho... a discussão sobre o texto Pipoca (postei aqui há alguns dias) rendeu alguns desenhos.... e a Glenia fez uma obra de arte para representar todos os desenhos e as discussões em apenas um.
Ficou show!!!
Depois desse desenho, estou com dó de postar o que a minha equipe fez, não é Josy e Bianca?
Beijos a todos e um ótimo final de semana! Que venha o Kuhn!
Ficou show!!!
Depois desse desenho, estou com dó de postar o que a minha equipe fez, não é Josy e Bianca?
Beijos a todos e um ótimo final de semana! Que venha o Kuhn!
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Pensando sobre a mediação
Pensando sobre o livro lido... Muitas
ideias me passam pela cabeça agora... Porém, as principais e mais marcantes são
que dizem respeito à postura do professor. Assim como é abordado no livro,
entendo que a postura do professor deve ser de mediador dos processos de ensino e aprendizagem. Na medida em que o
professor coloca o aluno como sujeito na construção do conhecimento, mais esse
aluno toma consciência da sua importância nesse processo. Isso contribui para
que ele trabalhe sua capacidade de olhar criticamente as coisas e desenvolva
sua autonomia. Para que a práxis tome esse caminho, na tentativa de aguçar a
curiosidade do aluno, é fundamental a presença do diálogo e da autoridade do
professor, e não o autoritarismo, que é reforçado pela insegurança.
Boa noite a todos... bom descanso!
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Fichamento
Começando novamente bem o dia.... segue o fichamento do livro lido para a disciplina de Tendências Contemporâneas de Currículo.
FICHAMENTO DO LIVRO: PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
Tipo: LIVRO
Assunto / tema: EDUCAÇÃO
Referência bibliográfica: FREIRE, P. Pedagogia da autonomia:
Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
Resumo / conteúdo de interesse:
Primeiramente
devemos saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Esta maneira de compreender o ato de ensinar
é fundamentalmente pensar certo. E pensar certo é uma postura exigente,
difícil, que temos de assumir diante dos outros e com os outros, com relação ao
mundo e aos fatos, diante nós mesmos. É difícil, entre outras coisas, pela
vigilância constante que temos de exercer sobre nós próprios para evitar os
simplismos, as facilidades, as incoerências grosseiras.
Outro
saber necessário à prática educativa é o que diz respeito à autonomia do ser
educando, sendo o educando criança, jovem ou adulto. O professor que
desrespeita a curiosidade do educando, a sua inquietude, a sua linguagem,
ironizando o aluno, torna-se o dono da razão e o detentor do conhecimento.
Contradizendo seu papel de mediador do processo, que possibilita ao aluno a
construção do conhecimento. Tendo em
vista este papel, o docente deve respeitar a autonomia e a identidade do
educando que pressupõe uma pratica coerente realizada com bom senso.
Devemos
considerar ainda outro saber fundamental à prática docente que diz respeito a
sua natureza. Assim, é preciso conhecer a essência da prática para que nos
tornemos cada vez mais seguros com nosso desempenho. Sobre a inconclusão do ser
humano, estamos em constante movimento de busca. Então, nossa capacidade de
aprender pode permitir-nos não somente a adaptar ao mundo, mas a transformá-lo.
É
importante que o professor e os alunos tenham consciência de que a postura é
dialógica, aberta, curiosa e indagadora. E não passiva e apática. Assim, um bom
professor consegue conduzir o aluno ao seu pensamento e sua aula é tida como um
desafio. É indispensável, pois, que o professor se ache repousado no saber de
que a curiosidade é fundamental para que eu pergunte, conheça, atue, mais
conheça e re-conheça.
O
autor inicia o terceiro capítulo falando sobre a autoridade e a segurança.
Segurança esta que é condicionada pelas atitudes do professor que deve buscar
sua preparação, com relação aos conteúdos, para a aula. O respeito deve permear
as relações existentes em sala de aula assim como a generosidade, humildade e
justiça. A arrogância e o mandonismo devem ser excluídos da prática docente já
que em nada contribuem. A autoridade
coerentemente democrática dá espaço a ética e a liberdade. Sua prática
contribui para a construção da autonomia do educando.
Não
é possível separar a formação do aluno em ensino de conteúdos e formação ética.
Elas são indissociáveis uma vez que ao ensinarmos um conteúdo estamos
testemunhando nossa ética. Possuímos a ideia equivocada de que é possível
separar prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber,
ensinar de aprender, respeito ao professor de respeito aos alunos.
Outro
saber que o autor julga necessário é o comprometimento com a prática. A
coerência entre o pensar e agir, entre meus discursos e meus atos. Nós
professores devemos mostrar aos nossos alunos que somos capazes de analisar,
comparar, avaliar, decidir, optar e romper. Pensando sempre na luta pela
verdade e justiça.
Como
uma experiência especificamente humana, a educação é uma forma de intervir no
mundo. Não cabe aqui uma postura neutra. Se pensarmos no interesse das classes
dominantes, a educação deveria conduzir o aluno a aceitar sua situação sem
questionamentos, já que ela deve ser, para eles, uma prática imobilizadora e
ocultadora da verdade. Devemos refletir sobre nossa prática. Pensar se estamos
contribuindo para a ocultação da verdade ou para uma formação integral e para a
vida em sociedade. Levar os alunos a questionamento sobre sua realidade, a qual
está inserida em certo contexto. Além disso, questionar. Questionar minha
prática, meus atos, minha opiniões (ou a falta dela), ou seja, me colocar no
mundo, assumir o lugar que ocupo.
O
autor nos traz uma discussão a respeito da liberdade e autoridade. Como
trabalhar para que os limites necessários sejam assumidos eticamente pela
liberdade. É importante que o aluno tenha o direito e oportunidade de decidir,
“é decidindo que se aprende a decidir”. Se ao invés de levarmos o aluno a
pensar coerentemente para tomar sua decisão, decidirmos por ele, ele não
aprenderá como agir diante dos limites impostos e não construirá sua autonomia.
Quando nos abstemos de opinar e tomar decisões, estamos reforçando o poder do
opressor.
Outro
ponto importante abordado é o saber escutar como uma prática também
democrática. Na hora de escutar e falar o silêncio deve ser tomado como ponto
de partida, aceitando e respeitando as diferenças, agindo humildemente e não
esquecendo que ninguém é superior a ninguém. Quem está escutando deve controlar
sua vontade de interromper o outro para que ele se expresse por inteiro. Como
professores devemos respeitar a leitura de mundo do educando. Não preciso
concordar com ela, mas tenho por dever respeitá-la.
O
autor nos coloca que ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica. Essa
ideologia tem que ver diretamente com a ocultação da verdade dos fatos, com o
uso da linguagem para mascarar e distorcer a realidade. Nesse sentido a ideia
de globalização também vem trazendo uma maquiagem para os caminhos econômicos
que o país está tomando.
Ainda
é discutida a importância da abertura para o diálogo. Não devemos deixar uma
oportunidade de posicionamento e uma exposição de opiniões passarem, seja ela
de qualquer natureza. Não há porque de oprimir uma chance para discussão e não
é vergonha nenhuma desconhecer algo.
Encerrando
o livro, Freire ressalta que ensinar exige querer bem aos educandos. Isso não
pressupõe o fato de que devemos querer bem todos os alunos de maneira igual.
Mas, significa que sou afetado pelo que me cerca, ou seja, assumo e expresso a
afetividade. Porém não posso deixar que a afetividade interfira no cumprimento
ético do meu dever de professor, no exercício de minha autoridade. A serenidade
a alegria não são inimigas da rigorosidade.
Citações:
1 “a incompetência profissional
desqualifica a autoridade do professor”. (Página 90)
2 “O respeito que devemos como
professores aos educandos dificilmente se cumpre, se não somos tratados com
dignidade e decência pela administração privada ou pública da educação”. (Página 94)
3 “é decidindo que se aprende a
decidir”. (Página 104)
4: “Quando entro em sala de aula
devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos
alunos, a suas inibições; um ser crítico,e inquiridor, inquieto em face da
tarefa que tenho – a de ensinar e não a
transferir conhecimento”.
5: “A prática educativa é tudo
isso: afetividade alegria, capacidade científica, domínio técnico a serviço da
mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje”. (Página 140)
6: "Que é mesmo a minha neutralidade senão a maneira cômoda, talvez,
mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça?
"Lavar as mãos" em face da opressão é reforçar o poder opressor, é
optar por ele”. (Página 109)
Considerações do pesquisador
(aluno): Esta obra nos faz refletir sobre nossa prática pedagógica. Em certos
momentos, um pouco fantasiosa, mas em outros, útil para nossa docência. O livro
traz uma discussão superficial sobre muitos conceitos e o autor os nomeia como
saberes necessários à prática docente.
Indicação da obra: professores,
alunos de licenciatura e pesquisadores da área.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Começando bem o dia...
Bom dia!!! Como hoje é dia do Trabalhador deixo aqui algumas palavras, para reflexão, do livro que estou lendo neste exato momento: Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire. Essas palavras (que estão na página 109) são de maneira especial para meus colegas de profissão, queridos professores:
"Que é mesmo a minha neutralidade senão a maneira cômoda, talvez, mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça? "Lavar as mãos" em face da opressão é reforçar o poder opressor, é optar por ele."
Fica a dica...
Bom feriado a todos! Principalmente àqueles que como eu estão trabalhando...
"Que é mesmo a minha neutralidade senão a maneira cômoda, talvez, mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça? "Lavar as mãos" em face da opressão é reforçar o poder opressor, é optar por ele."
Fica a dica...
Bom feriado a todos! Principalmente àqueles que como eu estão trabalhando...
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Piruá, não!
Boa
tarde! Fazendo a leitura do texto: A pipoca, de Rubem Alves (disponível no
link: http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp
), várias reflexões passaram por minha mente. , inclusive a de comer uma
bacia bem grande de pipocas!
Se
pensarmos o currículo como o milho, nós professores seríamos o fogo. , ou
não? Para que esse milho estoure e se transforme em pipoca ele precisa de um
estímulo. Assim, para que as transformações numa realidade escolar ou apenas em
uma sala de aula aconteçam, precisamos de fogo! E não de piruás!
Às
vezes quando chegamos a uma escola com novas ideias, vontade de transformar ou
de iniciar alguma modificação naquele ambiente, sempre tem um piruá que não
ajuda em nada e pelo contrário, só atrapalha. Esses professores parecem que
sempre estão com um balde de água para apagar nosso fogo. Mas, como disse o
grande Rubem Alves, “Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela
ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo”.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Parênteses ...
Olá pessoal. No post de hoje abro parênteses para deixar um pouco de lado as discussões sobre currículo.
Depois de passar o dia todo no maravilhoso curso de capacitação
oferecido ou seria imposto? aos professores da rede estadual de ensino (superintendência
de Pouso Alegre) e ouvir algumas coisas um tanto quanto desagradáveis aos meus
ouvidos, pensei em vir aqui e manifestar minha opinião. Ah, não posso deixar de falar que as palestras foram bem bacanas! Procurei alguns vídeos
e quase postei um em que nosso Digníssimo Governador discursa sobre alguns
programas do governo na tentativa de retocar a maquiagem da atual situação da
educação em nosso estado, que, diga-se de passagem, é deplorável! Resolvi
poupá-los de assistir esse vídeo já que nosso tempo é precioso., e eu ainda
tenho que lançar as notas no PAAE no sistema, preparar provas, estudar... e blá
blá blá. Também irei poupá-los de perderem seus tempos ouvindo minhas
críticas ao curso. Somente não os poupei de dar algumas risadas com esse vídeo
que agora sim, mostra a realidade.
Encerro o post com a indicação da
leitura que farei agora: A pipoca, de Rubem Alves. Disponível no link: http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp
Bom descanso ou bom trabalho a
todos!
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Reflexões sobre histórias únicas...
O
post de hoje é uma pequena reflexão sobre a aula do dia 05/04. Para essa
reflexão, tomei como base o textos dos colegas que apresentaram seus textos
relacionados com o vídeo: “O perigo de uma história única” disponível no link:
Vale
a pena assistir essa pequena palestra de Chimamanda Dichie. Ela me fez refletir
alguns aspectos muito importantes não só sobre minha prática docente, mas sobre
outras dimensões da minha vida.
Os
colegas que apresentaram suas considerações foram:
Maria de Lourdes: http://mariarib.blogspot.com.br/
Para
mim, o que ficou depois principalmente do vídeo assistido, que, diga-se de
passagem, é fantástico! é que devemos tomar muito cuidado com as histórias
únicas que contamos por aí. Muito bem frisado pela equipe da Maria de Lourdes,
as diferentes visões sobre um determinado aspecto são essenciais para uma
construção fiel da realidade e de uma opinião segura e sem influências do olhar
de quem expõe, se é que isso é possível.
Acredito
que precisamos respeitar as particularidades de cada indivíduo e nesse sentido,
concordo com as críticas com relação à homogeneização vinculada pelo currículo.
Como sermos homogêneos se vivemos em uma sociedade heterogênea em cada um de
nós tem um tipo de educação, pertence a uma classe social distinta, está
inserido em um contexto econômico, cultural, social ... e por aí vai... também diferente?
Por
que sempre há a tentativa de nos tornarmos iguais? È com esses questionamentos
que comentei no blog da Glenia com a seguinte pergunta, e agora a deixo pra
vocês:
Você acredita que enfatizar as
nossas diferenças é algo ruim? Diferenças em que sentido?
Essa pergunta é com relação a
colocação no final do texto da Glenia e Rosana: "A história única enfatiza
como somos diferentes".
Fica
o questionamento. ,que por mim já foi respondido pelo menos até o presente
momento.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Conversa sobre currículo
Quando fizemos a leitura do texto proposto “Começando uma conversa sobre
currículo” de Moreira e
Garcia ficamos
a refletir qual seria a melhor forma de se pensar sobre currículo. Uma vez que
se pensássemos nele como algo extenso e abrangente poderíamos cometer o erro de
não sabermos o que de fato estamos tratando, no entanto, se pensarmos nele de
maneira estrita corremos o risco de nos especificarmos demais em uma
determinada área em detrimento de outras. Seja qual fosse a opção escolhida
parecia não haver uma decisão acertada, uma vez que para ser específico é
preciso, a priori, conhecer o geral, ter uma visão ampla. E, para se ter uma
visão geral é preciso saber especificidades.
No entanto, quando assistimos a belíssima
história que Chimamanda
Adichie nos traz sobre suas experiências de vida,
sobre como é extremamente perigoso conhecermos apenas uma história de uma
determinada pessoa ou assunto, ficamos a nos perguntar.... Como sermos geral
sem sermos superficiais? Como sermos específicos sem sermos caricaturistas?
Como falar das partes sem conhecer o todo? Como conhecer o todo sem se perder?
Como dizer o que deve ser feito sem ao menos ter vivido, nem em parte? Enfim,
são muitos os questionamentos que se mostram e quase nenhuma resposta.
Há ainda de se refletir o poder embutido nessas relações, pois quando rotulamos
um povo, um aluno, um país, uma raça ou até mesmo uma disciplina estamos
delegando à ela poder ou não. Estamos hierarquizando. Estamos tolhendo
oportunidades ou proporcionando-as. Estamos escolhendo! Estamos
“curriculando”.....
Chegamos ao término dessa reflexão com a sensação de termos acabado de ler o
belíssimo texto de Cecília Meireles “Ou Isto Ou Aquilo” e, ao impasse que se
apresenta nada mais nos resta do que buscarmos concepções contemporâneas de
currículo.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Currículo?
Inicio meu primeiro post neste blog, o qual me acompanhará neste semestre e quem sabe além disso, falando um pouco sobre as discussões e apontamentos realizados em nossa ultima aula, dia 15/03/2013.
Para nos inserirmos no assunto, lemos um texto com o título "Nascem os "estudos sobre currículo": as teorias tradicionais., que não sei mencionar o autor pois a professora Rita não escreveu as referências de tal material.
De cara fomos questionados sobre a definição de currículo e assim surgiram várias 'palavras' que estão relacionadas: conhecimento, domínio de um assunto, entendimento do funcionamento, agregar informações novas, reconhecer / associar / memorizar, construir significados, valores.
A professora nos levou ainda para um 'outro lado', nos colocando as palavras: trajetória, itinerário e ERRÂNCIA, palavra esta que foi muito citada durante a aula. E ainda alguns termos que possivelmente ainda iremos estudar como: currículo oculto, formal e vivido.
Falamos também, de forma breve, sobre os tipos de conhecimento: mitológico, filosófico, senso-comum, artístico, religioso e científico. Também, que o currículo possui vários aspectos: epistemológico, histórico, cultural, político, econômico. Diante de todos esses conceitos e palavras que citei aqui, talvez as que mais me chamaram atenção foram: ATOS CURRICULARES e PRÁXIS.
Finalizo este post cheio de palavras soltas ou ligadas? com uma breve síntese da aula aos meus olhos:
O currículo vai além do conteúdo programático, com objetivos, procedimento metodológicos e avaliação ou seja, o currículo possui várias dimensões.. No currículo devemos considerar os saberes que não são trabalhados como conteúdos (na forma de conhecimento elaborado), aqueles que são inerentes ao nosso cotidiano, nossa cultura e contexto histórico e social, os quais contribuem para uma aprendizagem e formação com significados.Devemos pois, repensar nossos atos curriculares, nossa prática que deve passar por constante reflexão, que é a práxis. Acredito que para cada realidade, cabe um tipo de currículo elaborado, pensado e refletido para aquela situação, naquele momento e contexto.
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