Quando fizemos a leitura do texto proposto “Começando uma conversa sobre
currículo” de Moreira e
Garcia ficamos
a refletir qual seria a melhor forma de se pensar sobre currículo. Uma vez que
se pensássemos nele como algo extenso e abrangente poderíamos cometer o erro de
não sabermos o que de fato estamos tratando, no entanto, se pensarmos nele de
maneira estrita corremos o risco de nos especificarmos demais em uma
determinada área em detrimento de outras. Seja qual fosse a opção escolhida
parecia não haver uma decisão acertada, uma vez que para ser específico é
preciso, a priori, conhecer o geral, ter uma visão ampla. E, para se ter uma
visão geral é preciso saber especificidades.
No entanto, quando assistimos a belíssima
história que Chimamanda
Adichie nos traz sobre suas experiências de vida,
sobre como é extremamente perigoso conhecermos apenas uma história de uma
determinada pessoa ou assunto, ficamos a nos perguntar.... Como sermos geral
sem sermos superficiais? Como sermos específicos sem sermos caricaturistas?
Como falar das partes sem conhecer o todo? Como conhecer o todo sem se perder?
Como dizer o que deve ser feito sem ao menos ter vivido, nem em parte? Enfim,
são muitos os questionamentos que se mostram e quase nenhuma resposta.
Há ainda de se refletir o poder embutido nessas relações, pois quando rotulamos
um povo, um aluno, um país, uma raça ou até mesmo uma disciplina estamos
delegando à ela poder ou não. Estamos hierarquizando. Estamos tolhendo
oportunidades ou proporcionando-as. Estamos escolhendo! Estamos
“curriculando”.....
Chegamos ao término dessa reflexão com a sensação de termos acabado de ler o
belíssimo texto de Cecília Meireles “Ou Isto Ou Aquilo” e, ao impasse que se
apresenta nada mais nos resta do que buscarmos concepções contemporâneas de
currículo.
Ana Carla, gostei muito dos questionamentos apontados. Acredito que o caminho é esse mesmo. À partir de perguntas feitas a nós mesmos é que nos nortearemos para um caminho certo nesse imenso mundo da educação.
ResponderExcluirFiz comentário deste texto no blog de Josy.
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